Moraes suspende Instagram e manda bloquear até R$ 50 milhões de Marcos do Val

Publicado em: 13 de agosto de 2024

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão do perfil no Instagram do deputado Marcos do Val (Podemos-ES), assim como o bloqueio de até R$ 50 milhões na conta do parlamentar.

No Twitter, do Val criticou as medidas que foram ordenadas após novos ataques do parlamentar à Corte máxima e a investigações da Polícia Federal.

Marcos do Val alegou que a decisão “ultrapassa os limites do razoável” e atribui a Moraes suposto “abuso de autoridade”

O parlamentar fala em desrespeito ao Senado Federal, que, em sua avaliação “que está sendo desmoralizado diante de uma medida arbitrária. Segundo o senador, o bloqueio de suas contas atingiu apenas mil reais que ele mantinha em uma delas.

Não é a primeira vez que Marcos do Val tem uma rede social suspensa por ordem de Moraes. Em junho do ano passado, o senador teve seu gabinete vasculhado e seus perfis nas redes sociais derrubados.

As medidas foram decretadas na semana em que o parlamentar divulgou trechos de relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com alertas sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Na ocasião, do Val ainda sugeriu que Moraes fosse investigado no inquérito que está sob sua própria relatoria, sobre os atos de 8 de janeiro.

No mês passado, o senador fez ataques contra o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações da Polícia Federal em casos sob relatoria de Moraes: sustentou que a autoridade era “capataz” do ministro do STF. Delegados reagiram à declaração e preparam uma ação contra o parlamentar.

Nos últimos dias, Marcos do Val escalou os ataques a Moraes, divulgando montagem com uma foto do ministro com chifres em frente a uma Constituição ensanguentada.

Também compartilhou uma outra montagem de Moraes com roupas usadas por presidiários. Nas publicações, o senador diz que o magistrado “é considerado como o brasileiro mais perverso que já existiu em toda a história do nosso país” e que o nome do ministro “está associado a uma série de crimes contra a humanidade”.


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