Embratur critica alerta dos EUA sobre perigo no Brasil e diz que imagem é ‘distorcida e ultrapassada’

Publicado em: 1 de junho de 2025

Imagem: internet

 A Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) criticou veementemente a lista de lugares que turistas norte-americanos devem evitar no Brasil, divulgada pelo governo dos Estados Unidos. O levantamento classifica destinos em níveis de periculosidade de 1 a 4, colocando favelas, comunidades e cidades-satélite de Brasília no nível máximo de alerta (nível 4).

“Repudiamos esse tipo de recomendação alarmista, que mais se presta à desinformação do que à proteção dos cidadãos americanos”, afirmou Marcelo Freixo, presidente da Embratur, em comunicado divulgado neste sábado, 31.

Segundo o alerta do governo dos EUA, o Brasil como um todo é classificado como de nível 2. No entanto, três áreas específicas receberam o nível 4: cidades-satélite de Brasília à noite (Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá); conjuntos habitacionais informais como favelas, vilas e comunidades; e qualquer lugar dentro de um raio de 160 km das fronteiras terrestres com Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela, com exceção dos Parques Nacionais de Foz do Iguaçu e do Pantanal.

A Embratur rebateu a classificação, afirmando que o Brasil vive o melhor momento do turismo internacional de sua história. Nos primeiros quatro meses de 2025, o país teria recebido 4,4 milhões de visitantes, um crescimento de 51% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa, segundo Freixo, é alcançar 8 milhões de visitantes estrangeiros neste ano.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também se manifestou contra a lista, considerando-a feita “sem qualquer tipo de embasamento”. “Ando por todas essas cidades todos os dias, e a gente não vê falar de sequestro aqui em Brasília”, afirmou durante um evento em Taguatinga neste sábado, acrescentando que “até os sequestros relâmpagos que existiam mais no passado desapareceram.” Ibaneis convidou representantes do governo norte-americano a visitarem as cidades mencionadas para “ver como as pessoas vivem com segurança e em paz”.

Artigos Relacionados Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de turistas para o Brasil, com 306 mil visitantes entre janeiro e abril deste ano, um aumento de 21,7%. “Esses números refletem uma realidade que se impõe: o Brasil é um destino acolhedor e seguro para os que desejam conhecer sua imensa diversidade natural e cultural”, disse Freixo, reforçando que a hospitalidade brasileira é reconhecida mundialmente.

Em tom crítico, Ibaneis sugeriu que o governo dos EUA deveria focar em seus próprios problemas internos. “Estive em Nova York semana passada e as ruas estão cheias de rato, urina e drogados”, disse. “Eles deveriam olhar um pouquinho para dentro do que acontece nos Estados Unidos antes de falar da nossa população aqui do Distrito Federal.”

Fonte:Itatiaia


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